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sábado, 10 de julho de 2010

Sobre asilo e conciência social

Boa tarde meus amores!!

Hoje eu vou contar uma experiência que tive ontem, me fez pensar muito e eu espero que faça você pensar um pouquinho também.

Bem, ontem fui visitar uma senhorinha que eu conheço (ela é amiga da minha avó, freqüentavam os mesmos projetos sociais, vou chamá-la de "Dna. W" ... XD). Até ai tudo bem, você pode pensar, não tem nada demais nisso.

Mas o caso dela, e que acontece com muita freqüência no Brasil, é mais um daqueles que a família não pode cuidar de seus parentes e os colocam em um asilo.

A ideia de visitá-la me surgiu meio de repente (como tudo o que acontece na minha vida), quando estava indo à cidade com a minha avó e a minha prima. Depois de fazermos algumas coisinhas (segredinhos!!), fomos para lá.

Assim que cheguei no asilo uma outra senhora, que mora no asilo também, me pegou pelo braço e foi caminhando comigo, conversando e puxando papo. Os outros senhores que estavam sentados em sofás e cadeiras colocados nos corredores olhavam a minha e a minha prima como se fossem uma novidade na vida deles. Pedi auxilio para uma enfermeira (ou pelo menos parecia ser uma) para achar a Dna. W e assim que cheguei à "casa" dela, vi Dna. W e algumas outras senhoras conversando.

Chamei pela Dna. W e, nossa, pude ver seus olhinhos brilharem de emoção (sem pieguice eu fiquei muito emocionada mesmo)! Ela se apressou em me dar um abraço, e, apesar de não lembrar meu nome, lembrava de mim.

Conversamos bastante, ela está bem esquecidinha já por causa da idade, então a conversa basicamente foi sobre a mesma coisa. Não sei se é algum problema de memória, mas ela sempre repete o ultimo assunto que falávamos, como se fosse para puxar conversa.

Ela nos contava sobre sua vida, antes de ir para o asilo. Ela era vizinha da minha avó, então conhecia praticamente as mesmas pessoas que a gente conheceu durante a vida. Ela nos falou de um outro vizinho que morava na rua, tantas coisas que agora não passam disso, memórias.

Quando fui embora de lá, meia hora depois, com a promessa de receber cartas e de voltar a visitá-la, senti que tinha feito uma coisa boa, porem incompleta.

Fiquei pensando nos idosos que moram naquele asilo e que não tem a mesma sorte de ter alguém que os visite de vez em quando.

E depois eu pensei em outra hipótese, por que não são todos os idosos que tem a sorte de ser internados em um bom asilo como no caso da Dna. W, e aqueles que ficam em asilos de péssimas condições? e aqueles que são maltratados? E aqueles que são abandonados a própria sorte?

Bem os casos são muitos e eu não quero chateá-los com isso.

Enfim, a ação deve vir do coração, estou certa?

Eu continuarei visitando essa senhora, por que eu me sinto necessária assim. Agora quanto ao resto do mundo o que farão?

É para pensar.


Beijinhos a todos!!

Anne Luka

Um comentário:

Anônimo disse...

Tomara que estas suas palavras encontrem eco no coração de quem as ler...Só quem teve o contato que vc menciona sabe precisar a importância da atenção, do carinho, do amor, de palavras de ânimo para pessoas que está longe daqueles a quem chama de família...
E que não nos esqueçamos dos que estão por perto e que também necessitam de respeito e atenção ...
Te amo muito... e sempre!
Mamys

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