Nunca pude entender o que aconteceu nas férias de 1998. Era fim de ano. Tinha viajado com minha mãe para uma casa de campo, distante do resto do mundo, onde encontraríamos o restante da família.
A casa, apesar de modesta, comportava confortavelmente vinte pessoas, assim não passávamos apuros. Passamos lá divertidas semanas. Saiamos para pescar no lago com carpas do meu avô, fazer piqueniques organizados pela minha avó. Era maravilhoso.
Foi quando, no penúltimo dia do ano, amanheceu um tempo feio, chuvoso e nada pudemos fazer além de ficar dentro de casa. Para nos divertir, um tio reuniu a família na sala, em volta de uma tigela de bolinhos de chuva (especialidade da família) e começou a contar historias de terror. Para qualquer criança ou adulto que estava na roda, aquele era um momento de pura diversão. Para mim não!
Assim que anoiteceu, eu, muito impressionada com as histórias contadas, fui dormir. Meus primos ficaram me chateando a noite toda, até que ouvimos um barulho estranho vindo de algum lugar além do lago. O barulho ia aumentando gradualmente, parecia estar se aproximando da casa, então, tão repentinamente quanto apareceu, o barulho parou. Momentos de tensão. Ouvimos batidas nas portas.
A maioria dos adultos estava dormindo e nenhum dos primos tinha coragem suficiente para abrir a porta, tão pouco levantar da cama ou respirar.
Não precisou disto... Ouvimos o rangido da porta e passos no corredor. Ficamos esperando alguém entrar, mas nada aconteceu. O vulto passou pela porta em direção aos outros quartos fazendo um barulho que não pude identificar.
Então, tudo ficou muito silencioso. Tão quieto que ninguém daquele quarto deu um pio. Esperávamos o próximo barulho, que não veio. Após um longo tempo, acabamos adormecendo. Fomos embora de lá alguns dias depois e nunca retornamos.
2 comentários:
Nussa legal o texto... Fato real ou ficticio ? #duvida
mas de qq forma gostei, a minha imaginação conseguiu ver tudo acontecendo rsrs
Huuummm... Isso é segredo!! hehehe
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